domingo, 23 de outubro de 2011

s2 x @


Às vezes você acha que pensar muito sobre uma coisa vai fazer com que tome a decisão correta, que isso vai evitar sofrimentos futuros ou que vai ser mais “esperto”.
Bom, deixa eu te dizer uma coisa:
- Seu coração sabe muito melhor aonde você deveria estar do que você próprio.
Enquanto você ficava pensando se ia ser bom ou não, ele já estava a mil, batendo forte quando ela passava, ou quando via que a mensagem que recebeu, era dela.
Só de ver o nome dela na tela do seu celular, ele já sabia o que você devia fazer, mas mesmo assim você o ignorava. Tentando ganhar tempo. Pra quê mesmo? Vai saber...

E enquanto isso, a dona dos seus pensamentos ficava sem saber o que fazer.
Já que você não deixava seu coração falar mais alto, ela só ouvia as palavras frias que saiam de uma cabeça mais confusa do que a dela. Com aquela história toda. Porque ela sabia o que queria. Ela só estava esperando você querer o mesmo.

E o que você ganhou pensando muito?!  Foi tempo desperdiçado longe dela. Dela, que te fazia feliz com um simples olhar. Seu coração tentou te avisar, só que ele se cansou de ficar tentando ser ouvido por alguém que não dava a mínima pra ele. E ela, que sempre te amou, se cansou de esperar você tomar alguma atitude.

E agora? Sobrou pro cérebro consertar a bagunça, já que você o colocou no posto de 1° lugar.
Só que ele não sabe resolver nada disso. Ele não foi feito pra isso. Coisa sobre paixão é o coração que entende. Coisa de razão é o cérebro. Todo mundo sabe disso!

Agora sabe o que o cérebro vai fazer? Vai fazer você tomar as decisões que vão satisfazer qualquer coisa... Menos o seu coração.

Porque ele não gosta de coisas inconstantes. Ele passa longe de emoções fortes, com as quais ele não sabe lidar. Estas emoções que você tanto se conteve para provar.
Cérebro não se apaixona, não te faz sentir aquele friozinho na barriga quando ela chega, não faz você perder o controle e ver o quanto é bom sentir aquilo.

Enfim, não quero dizer que o que você fez foi errado, mas magoou gente demais. E quando você sentiu que não estava certo fazer aquilo com ela, simplesmente não estava. Mas agora é tarde demais. Os dois estão brigados e provavelmente se odeiam. Ela e ele, o s2 e o cérebro.

Ps: Só por favor, não coloque a culpa em mim. Você não teve atitude, eu não tive como corresponder a nada, por causa disto.
(Aaaahhhh! Vão falar que não sabiam que este texto era sobre mim e um idiota? ¬¬’) 

domingo, 2 de outubro de 2011

1° Texto! ^^


Com meus pés enfiados na areia, cada passo parecia ter o mesmo peso das palavras que tinha dito naquela noite.

Enfim, cheguei à frente da minha casa.

Lá estava ele. Afinal, o que ELE fazia lá?

Os olhos negros, com um brilho mais intenso do que o da última vez que os vi. Levantou da rede, desceu as escadas de madeira. – Naquele momento notei que seus cachos estavam amassados, como se estivesse lá há horas. Sua calça jeans dobrada e a blusa branca caíram perfeitamente para aquela cena, em câmera lenta, que se fazia passar em minha cabeça. Apesar de fazer frio... Com todo aquele vento, lá estava ele quase todo descoberto.

 – “Como alguém consegue ser tão... tão... irritantemente perfeito?” – pensei alto.

 Seus passos em minha direção continuaram no mesmo ritmo, mas meu coração não sabia mais o significado desta palavra.

Ele tinha me esperado por um bom tempo. Já que sai naquela manhã sem rumo, andando pela praia, com aquele vento gelado e afiado batendo no meu rosto. Não conseguia parar de pensar no que tinha feito, então resolvi andar, até que minhas pernas não agüentaram e imploraram para ir pra casa. Já era tarde. Minhas pernas doíam, assim como meu estômago.

De repente, ali estava ele. Na minha frente, sem dizer nada.
Só que pra ele, nada tinha aquele peso todo...
Minhas desculpas ensaiadas, se transformaram em horas perdidas...

Sem perceber, ele foi caindo lentamente de joelhos na areia úmida, abraçou minhas pernas. Que sem querer, caí. Mas nenhuma outra reação poderia ter sido mais satisfatória para ele naquele momento.
Então estávamos ali. Deitados na areia fria, olhando um para o outro. – Não havia sol, o mar estava agitado como nunca, fazendo um barulho enorme e o vento continuava frio e cortante. Este, que me fez lembrar o porquê de estarmos naquela situação. Eu havia sido tão rude com ele, mas não agüentava mais ficar quieta. Não a respeito daquilo... –

Ele entendeu meu silêncio. (Só ele sabia fazer isso!)
Então se levantou, estendeu a mão e disse:
“-Vamos entrar? Está frio aqui fora.”
A sensação era boa.

Ele estava ali por mim. Só por mim. E a única coisa que ele queria era simples: Estar comigo.

Embora eu estivesse devendo satisfações. Eu sabia disso. Mas, melhor deixar pra outra hora...